Desde seus primórdios no século XX, a arte abstrata tem sido uma forma de expressão artística que se afasta da representação literal do mundo. Com o advento das novas tecnologias, esse movimento encontrou novas ferramentas e possibilidades para expandir seus limites e desafiar as formas tradicionais de criação.
A tecnologia digital permite que os artistas trabalhem com software de design gráfico, inteligência artificial, algoritmos generativos e plataformas interativas para produzir obras únicas que combinam intuição humana e computação computacional. Aplicativos como Processing, TouchDesigner ou Adobe Illustrator permitem criar composições abstratas com formas, cores e movimentos impossíveis de serem obtidos manualmente.
Um dos avanços mais interessantes é a arte generativa, onde o artista estabelece certas regras ou parâmetros e o algoritmo gera a obra. Esse processo não só oferece infinitas variações, mas também redefine a relação entre o criador e sua obra, dando à máquina um papel mais ativo.
Além disso, tecnologias como realidade aumentada (RA) e realidade virtual (RV) trouxeram a arte abstrata para um espaço tridimensional e imersivo, onde os espectadores podem "entrar" na obra e vivenciá-la por dentro, criando uma interação única entre arte, tecnologia e percepção.
Não se pode deixar de mencionar o papel da inteligência artificial, que hoje é capaz de aprender estilos abstratos e criar composições originais que imitam ou reinterpretam o trabalho de artistas humanos. Embora esse fenômeno gere debates éticos, ele também abre um novo campo criativo a ser explorado.
O uso da tecnologia na arte abstrata não apenas expande as ferramentas do artista, mas também transforma a maneira como entendemos e vivenciamos a arte na era digital.
Latamarte