O graffiti surgiu como uma forma de expressão urbana ligada à juventude, à periferia e à necessidade de ocupar o espaço público com voz própria. Inicialmente visto como vandalismo, o graffiti evoluiu ao longo das décadas e conquistou reconhecimento como uma das linguagens mais potentes da arte contemporânea.
Nascido nas grandes cidades, especialmente em contextos de desigualdade social, o graffiti transformou muros, trens e fachadas em suportes artísticos. Letras estilizadas, personagens, símbolos e mensagens políticas passaram a compor uma paisagem visual que dialoga diretamente com o cotidiano urbano. Mais do que estética, o graffiti carrega identidade, pertencimento e resistência.
Com o tempo, muitos artistas grafiteiros passaram a transitar entre a rua e os espaços institucionais, como galerias e museus. Essa migração gerou debates sobre a perda ou transformação do caráter subversivo do graffiti. Ainda assim, sua essência permanece ligada à liberdade criativa, à ocupação do espaço público e à comunicação direta com a sociedade.
Hoje, o graffiti é reconhecido como um movimento artístico global, capaz de cruzar fronteiras culturais e sociais, mantendo viva sua força crítica e poética nas cidades do mundo.
Latamarte