História da Fotografia Artística no Século XX: Da Documentação à Arte Conceitual
A fotografia artística no século XX passou por uma profunda transformação, afastando-se de seu uso puramente documental para se tornar um meio de expressão estética e conceitual. De seu início como ferramenta técnica, a fotografia evoluiu paralelamente aos movimentos artísticos e às mudanças sociais do século.
Nas primeiras décadas do século, fotógrafos como Alfred Stieglitz e Edward Weston defenderam a fotografia como uma forma de arte autônoma, separada da pintura. O pictorialismo deu lugar a uma estética mais pura, focada na composição, na luz e na forma. Na Europa, a Bauhaus também desempenhou um papel fundamental ao integrar a fotografia às suas propostas modernistas.
Durante o período entreguerras, a fotografia tornou-se um testemunho e uma crítica da realidade social. Fotógrafos como Dorothea Lange e Walker Evans documentaram a Grande Depressão nos Estados Unidos, enquanto a fotografia surrealista ganhou força na Europa com artistas como Man Ray.
A partir das décadas de 1950 e 1960, a fotografia experimentou uma abertura para novos temas e estilos. A ascensão do fotojornalismo, da fotografia de rua e do uso da câmera como ferramenta política marcou essa era. Diane Arbus, Robert Frank e Garry Winogrand exploraram as margens da sociedade, questionando as normas visuais e culturais.
Nas últimas décadas do século, com a ascensão da arte conceitual e das mídias digitais, a fotografia se libertou de suas restrições técnicas para se tornar um veículo para ideias. Artistas como Cindy Sherman, Jeff Wall e Nan Goldin introduziram narrativas pessoais, críticas de gênero e experimentação visual que expandiram os limites da fotografia.
O século XX consolidou a fotografia como uma das formas de arte mais influentes da arte contemporânea, abrindo caminho para as explorações digitais do século XXI.
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