Nos últimos anos, a América Latina tem testemunhado o surgimento de jovens colecionadores, um fenômeno que está transformando a dinâmica do mercado de arte. Novas gerações — millennials e centennials — abordam a arte com uma perspectiva diferente, impulsionada pela digitalização, pelo interesse em causas sociais e pela busca por linguagens artísticas contemporâneas.
Diferentemente do colecionismo tradicional, que se concentra em mestres consagrados, os jovens colecionadores privilegiam artistas emergentes, propostas experimentais e formatos como videoarte, NFTs, instalações e fotografia.
Plataformas de mídia social como o Instagram, bem como plataformas de vendas digitais mais acessíveis e feiras de arte, democratizaram o acesso à informação e ao mercado. Os jovens colecionadores estabelecem diálogos diretos com artistas e galerias, reduzindo intermediários e fomentando uma relação mais próxima com a produção artística.
Além disso, os jovens colecionadores se caracterizam por uma forte sensibilidade a temas como identidade, território, feminismo, diversidade sexual e ecologia. Isso tem impulsionado a visibilidade de novas vozes e discursos na região. Esse fenômeno também impulsionou o surgimento de pequenas galerias, espaços autogeridos e coletivos que apoiam novos artistas.
O crescimento do número de jovens colecionadores de arte na América Latina demonstra que a arte está se tornando um espaço de participação ativa para novas gerações que buscam apoiar, transformar e redefinir a cultura regional.
Latamarte