Na era digital, as formas tradicionais de compreender arte e estética estão evoluindo rapidamente. Novas teorias sobre arte digital e estética propõem uma reinterpretação do processo criativo, da obra de arte e de sua apreciação, adaptando-se às possibilidades tecnológicas e à dinâmica cultural do século XXI.
Uma das principais ideias é que a arte digital não é simplesmente uma técnica, mas uma nova forma de experiência estética. Ao contrário da arte tradicional, a arte digital permite interatividade, reprodução ilimitada e transformação constante. Obras como instalações virtuais, NFTs (tokens não fungíveis), arte generativa com inteligência artificial e performances em ambientes digitais desafiam as noções clássicas de autoria, originalidade e permanência.
Teóricos contemporâneos como Lev Manovich propuseram conceitos como "estética do software", em que o meio digital influencia diretamente o conteúdo e a forma das obras. Ideias como a "estética algorítmica", na qual a beleza emerge de processos programados, e a estética participativa, na qual o espectador deixa de ser passivo e se torna parte ativa da obra, também são exploradas.
Além disso, plataformas digitais como Instagram, TikTok e plataformas de realidade virtual estão redefinindo a forma como a arte é produzida, compartilhada e consumida. A estética digital está se tornando mais efêmera, visualmente intensa e adaptada à linguagem das redes.
Essas novas teorias nos convidam a repensar não apenas o que é arte, mas também como a percebemos, como a valorizamos e qual é sua função em uma sociedade mediada por telas, dados e algoritmos.
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