Artigo

A curadoria latino-americana vivencia um momento de renovação conceitual e metodológica. Novos discursos curatoriais buscam descentralizar a perspectiva tradicional, questionar os cânones eurocêntricos e abrir espaço para vozes historicamente excluídas.

Jovens curadores e coletivos independentes trabalham a partir de perspectivas feministas, decoloniais, comunitárias e ecológicas. Essa mudança se reflete em exposições que integram arquivos, testemunhos, performances, arte popular e saberes ancestrais.

Muitos projetos curatoriais atuais não se concentram mais apenas em objetos, mas sim em processos, relações e experiências participativas. O papel do curador está se transformando no de mediador cultural, pesquisador e facilitador do diálogo social.

Museus e bienais latino-americanos adotaram estruturas colaborativas, nas quais artistas, comunidades e ativistas participam da construção da narrativa.

Esses novos discursos destacam a pluralidade cultural do continente e oferecem interpretações mais complexas de território, identidade e memória.
Latamarte

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