A arte visual latino-americana tem sido historicamente um território de memória, resistência e transformação social. Ao longo do século XX e até os dias atuais, artistas da região têm utilizado imagens como ferramenta crítica para narrar experiências marcadas pela colonização, ditaduras, desigualdade social e lutas identitárias.
Do muralismo mexicano à arte conceitual do Cone Sul, a produção visual latino-americana caracteriza-se por sua forte conexão com o contexto político e social. Pintura, gravura, fotografia, performance e instalação têm servido para denunciar injustiças, preservar a memória coletiva e questionar os discursos oficiais de poder.
Na contemporaneidade, muitos artistas trabalham a partir de perspectivas de gênero, etnia, migração e meio ambiente, expandindo o campo da arte em direção a práticas interdisciplinares e comunitárias. A presença de coletivos artísticos e espaços independentes tem sido fundamental para democratizar o acesso à arte e gerar novas formas de diálogo com o público.
Assim, a arte visual na América Latina representa não apenas uma busca estética, mas também um ato de compromisso ético e social, capaz de transformar perspectivas e provocar reflexão crítica sobre a realidade.
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