História da Inteligência Artificial

História da Inteligência Artificial

Inteligência Artificial: Nascimento, Aplicações e Tendências Futuras
Para quem não a utiliza diariamente, a inteligência artificial parece um conceito de filmes de sucesso ou livros de ficção científica. Mas a verdade é que se trata de um conjunto de conceitos quase centenários, cada vez mais prevalentes e aos quais recorremos frequentemente sem nos darmos conta. Descubra o que é inteligência artificial, para que serve, quais os seus riscos e desafios e o que esperamos dela no futuro.

A inteligência artificial tornou-se uma ferramenta ampla e revolucionária, com inúmeras aplicações no nosso dia a dia. Capaz de criar robôs que respondem com respostas semelhantes às humanas e de responder a solicitações de voz com recursos práticos em celulares e alto-falantes, a inteligência artificial atraiu a atenção de empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) em todo o mundo e é considerada a Quarta Revolução Tecnológica, após a proliferação de plataformas móveis e em nuvem. Apesar da inovação que traz para as nossas vidas, a sua história é um longo processo de avanço tecnológico.

Definição e Origens da Inteligência Artificial

Quando falamos de "inteligência" em um contexto tecnológico, frequentemente nos referimos à capacidade de um sistema de usar as informações disponíveis, aprender com elas, tomar decisões e se adaptar a novas situações. Implica a capacidade de resolver problemas de forma eficaz, dadas as circunstâncias e limitações existentes. O termo "artificial" significa que a inteligência em questão não é inerente aos seres vivos, mas é criada por meio da programação e do design de sistemas computacionais.

Como resultado, o conceito de "inteligência artificial" (IA) refere-se à simulação de processos de inteligência humana por máquinas e programas de computador. Esses sistemas são desenvolvidos para executar tarefas que, se realizadas por humanos, exigiriam o uso de inteligência, como aprendizado, tomada de decisão, reconhecimento de padrões e resolução de problemas. Por exemplo, gerenciar grandes quantidades de dados estatísticos, detectar tendências e fazer recomendações com base nelas, ou mesmo implementá-las.

Atualmente, a IA não se trata de criar novos conhecimentos, mas sim de coletar e processar dados para aproveitá-los ao máximo na tomada de decisões. Ela se baseia em três pilares básicos:

Dados. Trata-se das informações coletadas e organizadas sobre as quais queremos automatizar tarefas. Podem ser números, textos, imagens, etc.
Hardware. É o poder computacional que nos permite processar dados com mais rapidez e precisão, tornando possível o software.
Software. Consiste em um conjunto de instruções e cálculos que nos permitem treinar sistemas que recebem dados, estabelecem padrões e podem gerar novas informações.

Mas o que são algoritmos de IA? Este é o nome dado às regras que fornecem instruções para a máquina. Os principais algoritmos de IA podem ser aqueles que utilizam lógica, baseados nos princípios racionais do pensamento humano, e aqueles que combinam lógica ou intuição (aprendizado profundo), que utilizam os padrões de funcionamento do cérebro humano para que a máquina aprenda exatamente como ela.
Como surgiu a inteligência artificial?

A ideia de criar máquinas que imitassem a inteligência humana já existia na antiguidade, com mitos e lendas sobre autômatos e máquinas pensantes. No entanto, foi somente em meados do século XX que seu verdadeiro potencial foi explorado, após o desenvolvimento dos primeiros computadores eletrônicos.

Em 1943, Warren McCulloch e Walter Pitts apresentaram seu modelo de neurônios artificiais, considerado a primeira inteligência artificial, embora o termo ainda não existisse. Posteriormente, em 1950, o matemático britânico Alan Turing publicou um artigo intitulado "Computing Machinery and Intelligence" na revista Mind, no qual questionava: As máquinas podem pensar? Ele propôs um experimento que ficou conhecido como Teste de Turing e que, segundo o autor, determinaria se a máquina poderia exibir comportamento inteligente semelhante ao de um humano ou indistinguível dele.

John McCarthy cunhou o termo "inteligência artificial" em 1956 e impulsionou o desenvolvimento da primeira linguagem de programação de IA, LISP, na década de 1960. Os primeiros sistemas de IA focavam em regras, o que levou ao desenvolvimento de sistemas mais complexos nas décadas de 1970 e 1980, juntamente com um aumento no financiamento.
Atualmente, a IA passou por um renascimento graças aos avanços em algoritmos, hardware e técnicas de aprendizado de máquina.

Já na década de 1990, os avanços no poder computacional e a disponibilidade de grandes quantidades de dados permitiram que pesquisadores desenvolvessem algoritmos de aprendizado e consolidassem as bases da IA ​​atual. Nos últimos anos, essa tecnologia experimentou um crescimento exponencial, impulsionado em grande parte pelo desenvolvimento do aprendizado profundo, que utiliza redes neurais artificiais multicamadas para processar e interpretar estruturas de dados complexas. Esse avanço revolucionou as aplicações de IA, incluindo reconhecimento de imagem e fala, processamento de linguagem natural e sistemas autônomos.
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