A Bienal da SACO retorna com força ao norte do Chile

A Bienal da SACO retorna com força ao norte do Chile

Ecossistemas Escuros: Revelando os Artistas Mais Recentes que Compartilharão Sua Arte no Deserto
A Bienal da SACO retorna com força ao norte do Chile, transformando paisagens e espaços históricos de Antofagasta em espaços para arte e pensamento. A SACO1.2 reuniu nove artistas de países como Chile, Brasil, Canadá, Noruega, Lituânia, Polônia, Paraguai, Argentina e Bélgica (Valônia-Bruxelas), com obras que abordam o corpo, a memória e o território.

Conheça os artistas mais recentes que se juntam aos mais de 50 expositores da Dark Ecosystems e mergulhe neste evento imperdível de arte contemporânea. Um convite para ver o mundo a partir do deserto:

Francisco Medel (Chile) é um artista e arquiteto de Antofagasta. Seu trabalho conecta o mar, a memória e o território do norte por meio de uma estética simbólica e afetiva. Na SACO1.2, ele apresentará "O Pescador dos Sonhos", uma maquete residencial de barco feita com cordas, pedras e memórias familiares recicladas, como um rito íntimo de memória e desaparecimento.

Daniel Jablonski (Brasil) montará "O Deserto Florido", uma instalação tipográfica que confronta poeticamente a propaganda da mineração com descrições botânicas do deserto florido comum na região.
Tanya Busse (Canadá-Noruega) e Emilija Škarnulytė (Lituânia) formam o New Mineral Collective, uma plataforma de arte internacional que explora a indústria e a relação humana com a paisagem. Seus trabalhos já percorreram espaços como as Galerias Serpentine e a SeMA. Eles estarão presentes na bienal com "Terra Oca", um curta-metragem que reflete sobre o Extremo Norte como um território de tensão entre desejo, violência e memória geológica.

Por outro lado, Sonia Rammer (Polônia), que realizou residência artística no Instituto Superior Latinoamericano de Arte (ISLA) da SACO em 2024, explorará conexões e deslocamentos interespecíficos com Eso, uma série de peças audiovisuais gravadas no Deserto do Atacama.

Outra artista participante das residências da SACO é Belén Rodríguez (Paraguai), artista multidisciplinar que se dedica a pesquisas que articulam teoria e prática, interseccionando o social, o gênero, o corpo, a memória, a tecnologia e o meio ambiente. Para esta edição da bienal, ela apresenta sua obra Hogar migrante (Lar do Migrante), que considera amplamente o corpo feminino como um lar e refúgio mutável durante a experiência da migração.

Respirar – Resistir (Respirar – Resistir), de Javier del Olmo (Argentina), convidará à reflexão por meio de grandes adesivos na fachada de um dos galpões do edifício Molinera, em Antofagasta. Os projetos de Javier se caracterizam pelo diálogo com a memória, o corpo e a arte gráfica política.
Alexandre Christiaens (Bélgica, Valônia-Bruxelas) é um artista belga que desenvolve trabalhos fotográficos e em vídeo que emergem de sua experiência direta com o mundo. Sua prática explora as conexões entre paisagem, humanidade e natureza a partir de uma perspectiva sensível e crítica. Ele expôs na Europa e na América Latina, e suas obras estão incluídas em importantes coleções públicas. Na SACO1.2, ele apresenta Robinsong.

Rodrigo Aros Gho (Chile) é músico, artista visual e formado em história da arte. Seu trabalho entrelaça som, performance e digital a partir de uma perspectiva experimental. Durante a bienal, ele realizará uma intervenção sonora chamada Ressonâncias, ativando instrumentos de diversas fontes utilizando ferramentas tecnológicas em tempo real. Ela também participará de uma performance musical na abertura de El espacio que queda (O Espaço Que Permanece), da artista Coco González e alunos do Liceo Experimental Artístico (LEA).

“Queremos que o público se aproxime, conheça as obras dos artistas e se envolva com as propostas que eles nos trazem. Este é um convite aberto para vivenciar a arte em primeira mão, fora dos museus e formatos tradicionais. O SACO é um espaço vivo para encontro e reflexão”, disse Dagmara Wyskiel, diretora do SACO.

As exposições e atividades estarão disponíveis em diversos locais da cidade e da região de Antofagasta, com visitas guiadas, encontros com artistas e sessões de mediação gratuitas para escolas, grupos sociais e público em geral. Para saber mais sobre cada artista e suas obras, visite a seção Ecossistemas Escuros, onde encontrará a programação completa das exposições.
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