Este ano marca o centenário de nascimento de Sergio Castillo (1925-2010), um dos escultores mais influentes da arte chilena e latino-americana, reconhecido com o Prêmio Nacional de Arte em 1997.
Para celebrar seu legado, a Universidade de Talca inaugurou a exposição "Sergio Castillo. Animais" na Sala Pedro Olmos de seu Centro de Extensão. A exposição, que ficará aberta ao público até 5 de outubro, explora uma faceta particular e íntima de sua obra: suas criações zoomórficas.
A relação entre Sergio Castillo e a universidade tem sido fundamental. Várias de suas obras monumentais fazem parte do Parque de Esculturas do Campus de Lircay, um museu a céu aberto único no Chile.
De fato, foi com uma de suas criações mais emblemáticas, "Trueno" (1995), que esse valioso patrimônio artístico teve início. Esta imponente escultura de ferro de 10 metros de altura tornou-se um símbolo da identidade da universidade e da cidade.
Museu da Escultura
Para o reitor da Universidade de Talca, Carlos Torres Fuchslocher, “Sergio Castillo foi, de certa forma, o impulsionador do projeto de criação de um Museu Nacional da Escultura na Universidade de Talca, do qual podemos nos orgulhar hoje.”
“Para nós, como comunidade universitária, viver em um ambiente culturalmente dinâmico também enriquece, é claro, nossas vidas e, por outro lado, nos eleva. Acredito que, nesse sentido, o prestígio da Universidade em termos de divulgação e contribuição ao patrimônio cultural nacional é indiscutível; acredito que hoje seja um de seus maiores trunfos”, explicou o Reitor Torres.
O Museu Nacional da Escultura abriga um total de seis obras de Castillo, que coexistem com peças de outros vencedores do Prêmio Nacional, como Lily Garafulic, Francisco Gazitúa e Federico Assler.
Carreira
Reconhecido como um verdadeiro alquimista do metal, Sergio Castillo transformou o ferro e o fogo em vibrantes expressões de vida e movimento. Embora sua obra seja caracterizada pela monumentalidade e pelo dinamismo abstrato, suas esculturas de animais revelam uma profunda conexão com a natureza e sua capacidade de dar alma a materiais inertes.
Nesta exposição, os visitantes podem descobrir como o artista capturou a essência de diversas criaturas, desde a força imponente de um touro até a graça sutil de um pássaro, forjando formas que parecem pulsar com sua própria energia.
A curadora da exposição, presidente da Fundação Sergio Castillo e viúva do artista, Silvia Westermann Andrade, explicou que a exposição é uma homenagem ao mundo interior de um criador que trabalhou incansavelmente até o fim de seus dias.
“Sergio teve dificuldades para se tornar escultor. Ele dizia: ‘Vou fazer o que eu quiser e, se eu quiser ser um animal, serei um animal. Se eu quiser fazer uma escultura abstrata, farei uma escultura abstrata’”, explicou Westermann. “Ele tocou em todas as esferas e, neste centenário, o trabalho era unir de alguma forma todas as áreas que ele tocou”, acrescentou.
Por sua vez, Marcela Albornoz Dachelet, Diretora de Divulgação Cultural e Artística e da Imprensa Universitária, anunciou que a Universidade de Talca preparou outras atividades comemorativas. A exposição “Sergio Castillo. Animales” também será apresentada no Centro de Divulgação e Pós-Graduação da UTalca, em Santiago, com inauguração prevista para 16 de outubro, às 19h.
Ela também explicou que o livro “Sergio Castillo. Animales”, publicado pela Imprensa Universitária de Talca e financiado pelo Ministério da Educação por meio da Contribuição para o Desenvolvimento de Atividades de Interesse Nacional (ADAIN), será apresentado na ocasião.
Visitas Guiadas
“Sergio Castillo. Animales” está aberto gratuitamente todos os dias, das 9h às 17h, no Centro de Extensão da UTalca (2 Norte 685).
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