Constelações e Derivas: Arte Latino-Americana da Coleção FEMSA, que será exibida no MARCO em 2026, reúne 170 obras de 115 artistas latino-americanos dos séculos XX e XXI, incluindo uma peça encomendada ao artista argentino Ad Minoliti.
A Coleção FEMSA, considerada uma das mais importantes coleções de arte privadas da América Latina, celebrará seu 50º aniversário em 2027 com a grande exposição "Constelações e Derivas: Arte Latino-Americana da Coleção FEMSA", que será inaugurada no Museu de Arte Contemporânea de Monterrey (MARCO) em março de 2026.
Iniciada com a obra "El maizal (Milpa seca)", de Gerardo Murillo, Dr. Atl, em 1977, a coleção cresceu e hoje inclui mais de 1.320 obras de 786 artistas, alguns deles figuras icônicas do século XX, como Diego Rivera, Remedios Varo, Leonora Carrington, Lygia Clark, David Alfaro Siqueiros, José Clemente Orozco, Francisco Toledo, Pedro Friedeberg, Juan Soriano e María Izquierdo, bem como artistas mais contemporâneos cujas carreiras definem o século XXI, como Gabriel Orozco. Betsabeé Romero, Flor Garduño, Graciela Iturbide e Jorge Méndez Blake.
Constelações e Derivas..., composta por uma seleção de aproximadamente 170 obras — uma das quais, do artista argentino Ad Minoliti, foi encomendada especialmente para esta apresentação — estará aberta ao público de 20 de março a 9 de agosto de 2026, propondo novas interpretações deste acervo corporativo a partir das diversas perspectivas e explorações que moldaram a produção artística latino-americana durante os séculos XX e XXI.
Paulina Bravo, curadora-chefe da Coleção FEMSA, explica que a exposição foi concebida "a partir de um modelo de constelação que se afasta de narrativas singulares e lineares para ativar conexões entre obras, épocas e geografias. Essa abordagem revela a multiplicidade de linguagens e perspectivas que permeiam a arte da região, convidando-nos a considerar a arte latino-americana para além de categorias nacionais ou cronológicas."
Por sua vez, Eugenia Braniff, curadora associada e consultora da Coleção e Bienal da FEMSA, observou: “Constelações e Derivas será a apresentação pública mais abrangente de obras da Coleção FEMSA já exibida no México. (...) Esta exposição nos permite redescobrir obras de importantes artistas latino-americanos em diálogo com outras adquiridas ao longo de 50 anos por Francis Alÿs, Vivian Suter, Beatriz González, Damián Ortega e Julio Galán, convidando a uma compreensão mais ampla e profunda da arte latino-americana.”
“Mais do que a culminação de cinco décadas de trabalho, esta exposição é uma homenagem à visão daqueles que fundaram a coleção, que buscaram reconhecer o talento de nossa região e garantir que a arte permaneça acessível a todos”, acrescentou Paulina Bravo. Desde 2000, a Coleção FEMSA assumiu um caráter itinerante, expandindo seu alcance por meio de colaborações com museus e organizações em diversas regiões, característica que contribuiu para o espírito de abertura, colaboração e mobilidade que a distingue de outras coleções de arte privadas.
“Há 135 anos, a FEMSA mantém um compromisso com as artes, consciente do profundo impacto que a cultura tem no desenvolvimento das comunidades. Esta exposição representa o resultado de cinco décadas de trabalho, dedicação e apoio a artistas latino-americanos. Apresentá-la nos permite compartilhar a diversidade de sua produção artística, enquanto iniciamos os próximos 50 anos de nossa visão de aproximar a arte de um número maior de pessoas”, afirmou Laura Pacheco, Gerente de Acervo e Bienal da FEMSA.
A exposição será acompanhada por uma programação pública que ampliará os temas de pesquisa da mostra por meio de atividades em diversos formatos, incluindo conferências, palestras, eventos e oficinas.
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