Novo mural de Banksy surge após manifestação em apoio a ativistas palestinos
Banksy via Instagram @banksy
Dois dias após a prisão de quase 900 pessoas em uma manifestação em Londres em apoio a ativistas palestinos, um novo mural de Banksy surgiu no centro da cidade. A obra, compartilhada pelo artista em sua conta no Instagram em 8 de setembro, retrata um juiz em trajes tradicionais golpeando um manifestante com um martelo de tribunal. A figura do protestante aparece com um cartaz ensanguentado, compondo uma cena de crítica direta à violência institucional. O mural foi pintado na fachada externa do Royal Courts of Justice, em Westminster.
Poucas horas após a divulgação, a obra foi rapidamente coberta por uma lona plástica e cercada por grades metálicas, sob vigilância de seguranças. Embora Banksy não tenha feito referência explícita a um evento específico, a intervenção ocorreu logo após os protestos de 6 de setembro contra a proibição do grupo Palestina Action, classificado em julho pelo governo britânico como organização terrorista. O ato reuniu cerca de 1.500 pessoas em Parliament Square, que exibiam cartazes improvisados com mensagens de apoio à causa palestina.
A escolha do local reforça a dimensão política do trabalho: o mural foi feito sobre a parede do Queen’s Building, parte do complexo do Royal Courts of Justice, edifício classificado como patrimônio histórico na lista de bens protegidos do Reino Unido. Conhecido por usar sua arte como ferramenta de comentário social e político, Banksy já havia se dedicado a denunciar a situação na Palestina em murais na Faixa de Gaza e no projeto do Walled Off Hotel, instalado na Cisjordânia.
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