Um olhar sobre as ofertas das 21 galerias participantes das principais feiras: Art Basel, NADA, Untitled e Pinta
A cena artística argentina se prepara para brilhar na Semana de Arte de Miami, onde 21 galerias nacionais apresentarão seus trabalhos nas feiras mais influentes da cidade: Art Basel Miami Beach, NADA, Untitled e Pinta Miami.
Essa presença, que acontecerá entre 2 e 7 de dezembro, marca uma presença institucional e criativa sem precedentes para a arte contemporânea argentina no circuito internacional.

A vigésima terceira edição da Art Basel Miami Beach, considerada a feira de arte contemporânea mais importante dos Estados Unidos e uma das mais prestigiadas do mundo, será realizada de 5 a 7 de dezembro no Centro de Convenções de Miami Beach.
Na seção Galerias, a galeria BARRO apresentará obras de Alejandra Seeber, Pablo Reinoso, Mondongo, La Chola Poblete e Guillermo Kuitca, enquanto Ruth Benzacar exibirá trabalhos de Chiachio & Giannone, Tomás Saraceno, Ernesto Ballesteros, Liliana Porter, Stella Ticera e Ulises Mazzucca.

Entre as obras da galeria que celebra seu 60º aniversário, destaca-se a série Madurones, de Chiachio & Giannone, por colocar a domesticidade queer no centro, com cinco peças têxteis emolduradas por um papel de parede criado especialmente para a ocasião.
O trabalho de Ticera concentra-se na experiência sensorial do corpo no processo criativo, abrangendo desenho, vídeo e escultura. Suas obras, como Sinfonía en clave azul (2025) e Circundar la noche (2025), exploram o gesto e a tensão entre interior e exterior utilizando tinta da Índia, lápis, fios e arame. Saraceno, por sua vez, apresenta obras como Foam SB 130/12p (2024), Ibytu 14.0 (2025) e Gl 725A b/M+M (2024), feitas de vidro, aço e acrílico espelhado, que abordam a convergência entre arte, arquitetura, ciência e tecnologia. Na obra de Ballesteros, a experimentação artística está ligada à divulgação científica. Suas séries aplicam métodos analíticos a ações físicas, como em Line Drawn with Closed Eyes..., 1749 Intersections (2001), e em fotografias noturnas que marcam cada fonte de luz para criar uma “imagem impossível”.
Porter investiga a linearidade do tempo e as fronteiras entre realidade e representação, utilizando o espaço em branco como um território atemporal. Entre seus trabalhos recentes estão Untitled with Spirals (2021) e Man Holding Black Rope (2021), ambos em acrílico e assemblage sobre tela, além de peças de pequeno formato.
Porter explora a linearidade do tempo e as fronteiras entre realidade e representação, utilizando o espaço em branco como um território atemporal. O corpo é central na obra de Mazzucca, que ela associa à adolescência e à juventude por meio de desenhos a giz e pastel que retratam figuras nuas ou com roupas desgastadas. A série *There’s a Ghost in My Blood* explora a trajetória do corpo como vazios e fraturas habitadas por pessoas.
Enquanto isso, a Isla Flotante, em colaboração com a galeria brasileira Galatea, apresentará um estande concebido como um espaço para o diálogo intergeracional sobre arte latino-americana, com obras de Pablo Accinelli, Mariela Scafati, Valentin Demarco, Rosario Zorraquin, Tobias Dirty e Ana Prata.
Quatro obras de Scafati se destacam na próxima exposição por seu foco na interseção entre pintura, objeto e têxteis. Entre elas, *Spirits of the Train* (2025) utiliza um suéter e cordas para explorar a memória e o corpo por meio de materiais cotidianos. A obra de Accinelli introduz objetos comuns na arte conceitual. Em Internal Duration (2025), um cadeado em uma pedra torna-se uma metáfora para o tempo e a permanência.
Leia mais