O artista uruguaio Joaquín Torres García será lembrado no 150º aniversário de seu nascimento

O Museu de Arte Moderna (MAM) sediará a palestra "Ressonâncias da Escola do Sul", com Tania Ragasol, Emilio Medeiros e Carlos Segoviano.

Este evento faz parte das comemorações do bicentenário da independência da República Oriental do Uruguai.

Equipe Editorial / CAMBIO 22

O Ministério da Cultura do Governo do México e o Instituto Nacional de Belas Artes e Literatura (INBAL), por meio do Museu de Arte Moderna (MAM), em colaboração com a Embaixada do Uruguai no México, apresentam a palestra "Ressonâncias da Escola do Sul", na quarta-feira, 12 de novembro, às 19h, no pátio do Museu de Arte Moderna.

A palestra celebrará o bicentenário da independência da República Oriental do Uruguai e o 150º aniversário do nascimento do pintor uruguaio Joaquín Torres García, e contará com a participação de Tania Ragasol, Emilio Medeiros e Carlos Segoviano.

A discussão explorará a influência do pintor, escritor e teórico da arte uruguaio Joaquín Torres García (1874-1949), figura central do Universalismo Construtivo e do Ateliê Torres García, um dos movimentos artísticos mais importantes de seu país. Abordará também suas relações com outros artistas mexicanos durante o século XX.

Tania Ragasol, curadora, historiadora da arte e graduada pela Universidade Iberoamericana, apresentará um esboço biográfico do artista e discutirá sua influência na arte mexicana e latino-americana através da Escola do Sul. Explorará também os caminhos criativos e geográficos que moldaram a vida e a obra dessa figura proeminente da arte moderna. Por sua vez, Emilio Medeiros, artista visual, professor, pesquisador e promotor cultural uruguaio formado pela Escuela del Sur (Escola do Sul), discutirá seu próprio processo criativo, bem como o que adotou e desenvolveu pessoalmente durante seu trabalho no México.

Carlos Segoviano, doutor em História da Arte pela Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), abordará a relação artística de Torres García com o muralista mexicano David Alfaro Siqueiros, uma relação pouco conhecida até o momento, que levou à colaboração de outros artistas, como a poetisa uruguaia Blanca Luz Brum (companheira de Siqueiros) e o cenógrafo Enrique Lázaro, que trabalhou com o muralista mexicano.

“Joaquín Torres García é uma ponte necessária e fascinante para discutir arte e sociedade, as relações do muralista mexicano com artistas uruguaios durante sua estadia no Uruguai e na Argentina, e a influência que Torres García exerceu — e continua a exercer — no cenário artístico mexicano”, disse Carlos Segoviano, que moderará o debate.

Ele acredita que esta conversa servirá para reavaliar a obra de Joaquín Torres García e também para fortalecer os laços diplomáticos e culturais entre o México e o Uruguai, que celebrarão 125 anos de relações no próximo ano. O corpo diplomático uruguaio acreditado no México estará presente no debate.

Fonte: INBAL