Uma pintura exposta na Casa de Nariño gerou polêmica sobre a posição do governo em relação a Gaza: "Troquem a pintura de Santander".
Durante uma reunião com a Relatora Especial da ONU, Francesca Albanese, uma obra de arte no complexo presidencial tornou-se o centro do debate por retratar uma menor palestina em meio à guerra no Oriente Médio.
Uma pintura exposta na Casa de Nariño gerou polêmica sobre a posição do governo em relação a Gaza: "Troquem a pintura de Santander".
Durante uma reunião com a Relatora Especial da ONU, Francesca Albanese, uma obra de arte no complexo presidencial tornou-se o centro do debate por retratar uma menor palestina em meio à guerra no Oriente Médio.
A polêmica surgiu após um encontro entre o Presidente da República, Gustavo Petro, e Francesca Albanese, Relatora Especial das Nações Unidas para a situação dos direitos humanos nos territórios palestinos ocupados desde 1967. Embora o encontro tenha se concentrado em questões diplomáticas e de cooperação, internacionalmente, o que chamou a atenção de setores políticos, da mídia e das redes sociais foi a divulgação de uma pintura estrategicamente posicionada no salão onde o evento foi realizado.
A imagem, colocada em local visível do local, retrata uma criança com o rosto sombrio, coberta de poeira, cercada por escombros, segurando uma bandeira palestina com suas cores características: vermelho, preto, branco e verde. A obra, assinada por Jaime Rojas, intitulada "Somos Invencíveis", foi interpretada como uma alegoria direta ao sofrimento da população civil na Faixa de Gaza.
O próprio presidente compartilhou a imagem da pintura em suas redes sociais, enquanto o Ministro da Educação, Daniel Rojas Medellín, indicou sua localização e explicou a importância que a obra representa para o governo, reafirmando assim sua posição e seu apreço. Após o anúncio da chegada da pintura à Casa de Nariño, as redes sociais reagiram amplamente, com vários usuários expressando que, com o tempo, as atitudes que consideram antissemitas por parte do governo nacional se tornaram mais visíveis, apesar de outras nações terem demonstrado apoio a Israel diante dos ataques perpetrados pelo grupo armado Hamas.
Nos comentários, muitas pessoas destacaram: "Um presidente que tem problemas igualmente importantes, mas Petro se preocupa mais com a Palestina do que com os deslocados por terroristas na Colômbia"; "Ele não defende a Palestina; ele usa sua tragédia para inflar seu mito. Enquanto crianças em La Guajira morrem de fome, ele posa com uma pintura"; "Ele troca a pintura de Santander por uma pintura de uma criança palestina durante o genocídio."
A posição de Petro sobre o conflito no Oriente Médio o colocou sob escrutínio da oposição.
Um dos pontos mais controversos de Petro em relação ao conflito no Oriente Médio é sua caracterização das ações do governo israelense em Gaza, que ele constantemente chama de "genocídio", comparando-as ao Holocausto.
Em seus discursos, o presidente afirmou que Israel busca "remover o povo palestino de Gaza e tomar o poder" e se referiu ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu como um "criminoso contra a humanidade".
Em consonância com essas declarações, o presidente colombiano expressou firme apoio à Palestina e reiterou que as ações militares israelenses constituem uma violação do direito internacional. Sob sua administração, a Colômbia apoia resoluções das Nações Unidas que rejeitam a ocupação israelense de certos territórios e defende medidas concretas, incluindo embargos e restrições comerciais.
E justamente por essa postura de apoio, o presidente enfrenta críticas, questionamentos e acusações de setores da oposição, que alertam que ele não só se alinhou a uma causa que consideram historicamente equivocada, como também o acusam de dar mais atenção aos conflitos internacionais do que às questões internas que afetam o país atualmente.
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